LOGOMANIA

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A HISTÓRIA DA

Texto: Clara Novais
Fotos: Getty Images e Divulgação

O nome do fabricante vem estampado com mais destaque do que o design da peça: a logomania é esse jeito bastante explícito de se mostrar a marca em roupas e acessórios.

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É como se o look virasse um outdoor que deixa claro, até mesmo para quem está mais distante daquele universo, que se trata de um design original de determinada label.

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Tudo começou com a Louis Vuitton. Para evitar que seus baús continuassem a ser copiados por outros fabricantes, a empresa passou a estampar seu logotipo neles ainda no século 19.

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Pode ter dado certo por um tempo, mas o desejo em torno da marca se tornou tão intenso que até mesmo a estampa de monograma passou a ser replicada.

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Apesar da sua origem centenária, foi no início dos anos 1990 que a logomania se expandiu de vez, graças ao boom econômico nos Estados Unidos.

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"Sempre teve uma ligação com os novos ricos, porque é uma forma de ostentar, de mostrar que você está usando algo de marca", explica a pesquisadora Carol Garcia.

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Bolsas, moletons, sapatos e até roupas íntimas estampadas com os logotipos da Calvin Klein, Chanel, Christian Dior e da própria Louis Vuitton dominaram as ruas, vitrines e páginas de revistas.

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A tendência estava tão forte que até quem não tinha poder aquisitivo para adquirir uma peça original dava um jeito de desfilar com um similar, aumentando exponencialmente as falsificações.

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Não por acaso, a logomania é uma das características mais fortes do streetwear. A explosão da cultura hip-hop chega nesse mesmo contexto de crescimento econômico dos Estados Unidos.

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Além da população geral estar com mais dinheiro no bolso, o rap toma conta das rádios mundiais e muitos de seus cantores, a maioria negros, têm uma ascensão financeira meteórica.

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Com maior poder de compra, eles não só passam a usar roupas de marca fazendo questão de exibir seus logotipos como a ostentação se torna um tema recorrente nas músicas.

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Os rappers fazem questão de criar uma nova estética, ironizando o luxo e deixando claro que, apesar de terem conquistado esse espaço, não querem se igualar ao grupo historicamente privilegiado.

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A Supreme e, mais recentemente, a Off-White tornam ainda mais explícita esse sarcasmo e a irreverência intrínsecos ao streetwear.

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Como tudo que é exagerado, desde que explodiu, a logomania vive seus altos e baixos na moda, o que também é reflexo da relação socioeconômica.

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Tanto é que a segunda metade dos anos 1990 foi marcada por uma moda minimalista, com as estampas dando espaço para tecidos lisos e o jeans e camiseta branca se tornando um clássico.

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Já no começo dos anos 2000, a logomania retorna atrelada ao fortalecimento da cultura das celebridades. Paris Hilton e as it-bags da Louis Vuitton, Britney Spears e os bonés Von Dutch…

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Já nos últimos anos o retorno da tendência tem sido impulsionado principalmente pelos consumidores chineses. As redes sociais e a cultura dos influencers também têm contribuído com a retomada dos logos gritantes.

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Quer saber mais sobre a história da logomania? Leia neste link!