A HISTÓRIA
DA SAPATILHA

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Conheça a história
da peça que está mais
uma vez em alta.

Texto: Lelê Santhana
Fotos: Getty e Divulgação

A sapatilha voltou, para alegria de muitos e o terror de outros. Mas, a história da peça é longa, começa na corte francesa do rei Luís XIV. Antes disso, o balé não fazia grandes interações com a moda.

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Mas foi só nos anos 1940 que o item se popularizou. Com o surgimento do balé moderno, estilistas de todo o mundo passaram a prestar atenção no universo do tutu.

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Acredita-se que a pioneira desse movimento para além dos palcos foi a costureira Rose Repetto, mãe do primeiro bailarino da Ópera de Paris. Ela customizou uma sapatilha a pedido do filho, para minimizar o desconforto que ele sentia com a peça tradicional.

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A técnica criada por Rose consistia em costurar a sola de dentro para fora e logo foi copiada por outros designers, como Claire McCardell e até mesmo Coco Chanel e Christian Dior.

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Embora o sapato tenha sido adotado por Brigitte Bardot e Audrey Hepburn, o seu boom rolou mesmo no final dos anos 2000 e início de 2010, quando Kate Moss e Sienna Miller surgiram nas ruas vestindo o combo formado por jeans skinny, regata simples e um par de sapatilhas.

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Quem as comparava com o salto alto, as tinham como confortáveis. Afinal, elas costumam ser fáceis de tirar e colocar e, no dia-a-dia, podem ser usadas com looks casuais ou elaborados. Ou seja, não demorou muito para que a sapatilha virasse uma queridinha.

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Ela podia ser encontrada em uma loja de grife ou de departamento. Um par para todos os gostos e orçamentos. Com o disparo das vendas, as lojas de varejo passaram a vender sapatilhas empilhadas em kits.

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Foi aí que o brilho se ofuscou. Outros modelos surgiram garantindo o mesmo ou maior conforto, substituindo suas funções. O curioso é que o declínio da sapatilha foi acompanhado por um ódio coletivo, colocando-a até mesmo em um lugar de constrangimento.

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O fato de virar acessível foi uma das causas para que o calçado fosse jogado de lado. As mais jovens também as confundiam com a geração passada. E o fato da moda estar sempre procurando pela próxima descoberta enterrou as baixinhas.

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No final de 2010, elas foram substituídas, entre outras peças, pelos sapatos fechados, as flatforms, os sneakers e até os ugly shoes.

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Escudeiro fiel e legítimo para algumas, e opção chata ou óbvia demais para outras, o item viveu os últimos anos na balança do amor e ódio.

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O ressurgimento, porém, parece referenciar mais as bailarinas dos anos 1940 e menos a imagem da década passada. E este retorno tem menos a ver com uma tendência e mais como a chancela de que esse é um clássico do guarda-roupa.

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O resgate ainda traz ajustes contemporâneos e se vê nas passarelas da Miu Miu e Valentino.

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Hoje, o fenômeno das redes, Matilda Djerf, está sempre com uma versão pontuda do calçado nos pés. E até mesmo Harry Styles na capa de seu último álbum, Harry’s House, usa uma sapatilha de amarração no tornozelo lançada por Molly Goddard. Tem para todes!

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