A atriz Audrey Hepburn e o estilista Hubert de Givenchy compartilharam momentos marcantes no cinema. Mas nenhum deles foi mais impactante do que em Bonequinha de Luxo, filme de 1961 inspirado no livro Breakfast at Tiffany's (1958), de Truman Capote.
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Aos 21 anos, depois de ganhar seu primeiro Oscar de Melhor Atriz, Audrey Hepburn foi autorizada pela Paramount a escolher o próprio guarda-roupa para estrelar o longa Sabrina (1954). Ela então foi a Paris, mais especificamente ao ateliê de Givenchy.
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O costureiro, à época com 26 anos, ficou animado ao saber que iria conhecer a "senhorita Hepburn", mas em vez da diva consagrada Katherine Hepburn, de quem era fã, recebeu a jovem Audrey, de quem nunca ouvira falar.
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A admiração foi mútua e instantânea. Ele, filho de marquês, e ela, de baronesa, encontraram gostos parecidos e firmaram uma amizade de 40 anos que teve impacto na carreira dos dois.
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Curiosamente, as primeiras opções para interpretar Holly Golightly, em Bonequinha de Luxo incluíam as atrizes Elizabeth Taylor, Jane Fonda e até Marilyn Monroe – amiga de Capote. O autor rejeitava a ideia de Audrey para o papel por achar a atriz elegante demais.
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Mas sua escalação para o papel principal garantiu o sofisticado guarda-roupa, na maior parte da alta-costura/inverno 1960 de Givenchy. O figurino do filme tornou-se um dos mais memoráveis na história do cinema, além de referência para as gerações seguintes.
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O longo preto com o qual Hepburn aparece nas primeiras cenas do filme é um ícone da parceria. Vestida com a peça, ela sai de um táxi na Quinta Avenida de Nova York para contemplar a vitrine da joalheria Tiffany & Co, enquanto toma seu café da manhã.
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"Grande parte do apelo de Audrey é que ela vestia tão bem jeans e suéteres quanto vestidos de festa", disse o historiador de moda Henry Wilkinson, especialista na obra de Givenchy e sua relação com a atriz.
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Bonequinha de Luxo pode ter se tornado um clichê no moodboard de referências entre fashionistas, mas de fato conversa com desejosque a moda parece procurar incansavelmente: o de transformar o simples em especial, e deixar leve o maior dos luxos.