Por: Lelê Santhana Fotos: Getty Images e Divulgação
O que Lady Gaga, Beyoncé, Rihanna, Dua Lipa e Zendaya têm em comum? Cher. A atriz e cantora já foi e/ou é influência recorrente no estilo dessas artistas. É que, aos 75 anos, a diva revolucionou o tapete vermelho como poucas.
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Com um vestido inteiramente coberto por cristais e cabelo liso, dividido ao meio, Dua Lipa cruzou o red carpet do Grammy deste ano com um vestido Versace claramente inspirado no visual de Cher, em 1974, na mesma cerimônia.
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Poucas semanas depois, no Oscar, foi a vez de Zendaya prestar homenagem: ela apareceu com um Valentino que mais parecia ter saído de um episódio do The Cher Show, programa apresentado pela artista durante a década de 1970.
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"O que faço com ela?", foi o que questionou o estilista Bob Mackie quando, em 1967, foi encarregado de vestir Cher para um programa de TV. O estranhamento, contudo, não durou muito.
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Poucos meses depois, eles já haviam se tornado uma dupla. Cher e Bob Mackie construíram uma amizade para além dos figurinos – essa sintonia, aliás, parece essencial para uma relação como essa funcionar verdadeiramente.
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Bob Mackie foi um dos primeiros estilistas a colocar vestidos sensuais em um tapete vermelho e trabalhar intimamente com Hollywood. Nada disso aconteceria sem Cher.
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Um exemplo é o look para o MET Gala de 1974: um vestido de plumas, cristais e muita transparência. Cher foi a primeira celebridade de Hollywood a comparecer ao baile.
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Cinquenta anos depois, esse é ainda um daqueles visuais monumentais dignos de lembrança. Não é à toa que continuamos vendo novas versões por aí, inclusive em Beyoncé e Kim Kardashian, em diferentes edições do mesmo evento.
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Para o Oscar de 1986, a atriz e cantora queria estar o mais chamativa possível. Ela apareceu na premiação com a barriga de fora e um acessório de cabeça um tanto quanto inusitado para a ocasião.
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O motivo? Naquele ano, Cher não havia sido indicada por sua atuação no filme Marcas do Destino, pois a academia disse que a atriz não poderia ser levada a sério enquanto continuasse se vestindo como se vestia.
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O look só saiu do papel porque a dupla tinha um acordo: até as peças mais excêntricas só poderiam ser vistas se elas estivessem impecáveis, tanto em termos de design quanto de mobilidade.
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"O vestido estava proporcionalmente ajustado? Eu conseguiria me sentar, me mover? Nós dois não ficávamos satisfeitos até que cada centímetro estivesse perfeito", disse Cher em entrevista ao The New York Times.
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Década após década, ela não se conformou nem por um segundo com as convenções vigentes. Cada uma de suas múltiplas facetas estéticas refletiam movimentos maiores, seja de sua própria carreira ou seja do mundo.
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Hoje, os visuais parecem incríveis, mas nem sempre foram assim. Cada vez que a artista pisava em um tapete vermelho, era uma aposta: ser listada como a mais ou menos bem vestida.
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O que ela fazia, no entanto, nunca foi sobre isso e, talvez, esteja aí a magia. "Cher nunca se importou se as pessoas iriam aprovar. A sua abordagem era 'vamos dar a eles algo para olhar'. Era uma questão de diversão", contou Bob.
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