Por: Guilherme de Beauharnais Fotos: Getty Images e Divulgação
trench
O trench coat é um clássico e sobrevivente da história da moda, passando por várias gerações e ressignificações.
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O trench coat foi criado no século 19 como parte do uniforme militar inglês. Depois, virou ícone do cinema e, mais tarde, hit nas passarelas e no street style.
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Uma das principais características do trench coat é sua impermeabilidade. A primeira vez que um tecido com essa qualidade apareceu foi 1823, pelas mãos de Charles Macintosh. Ele era feito com uma camada de borracha diluída entre outras duas camadas de lã.
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Em 1879, Thomas Burberry criou outro tecido com as mesmas qualidades. A gabardine, composta de fios de lã impermeabilizados individualmente.O material foi usado pela primeira vez em 1895 para criar o tielocken, uma versão anterior ao trench coat que conhecemos hoje.
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Apesar do aspecto viril e sua origem bélica, o casaco acabou conquistando as mulheres. Nos anos 1920, Greta Garbo e Gloria Swanson vestiram o trench coat nas primeiras produções do cinema. Marlene Dietrich, Bette Davis e Audrey Hepburn foram outras atrizes que usaram o item nas telonas.
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Na moda, foi Christopher Bailey, na Burberry, que deu ares de modernidade ao trench coat com a coleção de verão 2016. Desde então, anualmente, ele ganha espaço nas passarelas e araras sob diferentes etiquetas e estilos.
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Quando Riccardo Tisci assumiu a direção criativa da Burberry, continuou renovando a peça. Na temporada de inverno 2021, por exemplo, apresentou modelos com franjas nas mangas e na barra.
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Na mesma temporada, Maria Grazia Chiuri, na Dior, desfilou uma versão verde-militar escura, enquanto Daniel Roseberry, na Schiaparelli, trouxe o trench-coat em couro de cordeiro.
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Na Givenchy, Matthew M. Williams interpretou a peça com elementos de alfaiataria e Paul Andrew, então na Ferragamo, recorreu à união do futurismo e ficção-científica para trabalhar o casco.
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Se existe uma verdade sobre o trench coat é a de que, mesmo com uma assinatura visual célebre, ele não segue uma fórmula. E não deveria, a mutabilidade que permitiu a sobrevivência da peça.