negra:

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um convite para conhecer um outro Brasil 

Por: Bárbara Poerner
Fotos: Companhia das Letras

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 Enciclopédia negra: Biografias afro-brasileiras (Companhia das Letras), de Flávio Gomes, Jaime Lauriano e Lilia M.Schwarcz, mostra um país que não está nos livros tradicionais de história

Em mais de 700 páginas, a obra traz 417 verbetes, individuais e coletivos, de personalidades negras, desde o Brasil colônia até os dias atuais e conta com retratos assinados por 36 artistas negros.

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Segundo Jaime, ''a maioria dos 517 personagens não tinham retratos oficiais, e, se tinham, eles não faziam jus à história daquela pessoa''.

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Uma exposição na Pinacoteca de São Paulo exibe até novembro outros 70 retratos, além dos que integram o livro, somando 106 pinturas que ficarão no acervo do museu.

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Flávio explica que alguns verbetes foram escritos em colaboração ou tiveram a ajuda de pesquisadores e especialistas no tema.

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''Não inventamos a obra. Essa é uma pauta dos movimentos sociais negros há anos'', diz ele. Lilia completa: ''Desde o século 16 existe o ativismo negro''.

Os critérios para a escolha dos personagens foram tempo, para incluir pessoas de séculos variados; região, para que contemplasse todos os estados brasileiros; e gênero, para haver o mesmo número de homens e mulheres.

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Enciclopédia negra traz nomes conhecidos como Lima Barreto, Carlos Marighella, Zumbi, Carolina de Jesus e Marielle Franco, mas também anônimos, igualmente importantes.  Conheça três deles:

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Pretextato dos Passos e Silva (? - 1886), Rio de Janeiro: criou entre 1855 e 1856 uma escola, em sua própria casa, para meninos pretos e pardos. Sua iniciativa foi pioneira para o letramento e alfabetização da população negra no Brasil escravista.

Pretextato retratado por Desali

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Ambrosina (séc. 19), Mogi Mirim e Taubaté (SP): ama de leite – uma figura muito presente no período escravista –, ela foi acusada de ''maus modos'' e até de praticar feitiçaria contra as crianças que amamentava.

Ambrosina por Renata Felinto

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Liberata (c. 1780-?), Paranaguá (PR) e Florianópolis (SC): ela chegou a se casar com seu senhor, que lhe prometeu a emancipação, mas foi perseguida por sua senhora. Depois de anos entre brigas na justiça, finalmente conseguiu comprar sua liberdade.

Liberata retratada por Michel Cena

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