Por: Guilherme de Beauharnais Fotos: Getty Images e Divulgação
O DESFILE
QUE REVOLUCIONOU
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O mais recente desfile da Dior, o de verão 2022, teve como uma de suas principais inspirações uma coleção da marca criada em 1961. Era a primeira do estilista Marc Bohan, sucessor de Yves Saint Laurent na direção criativa da maison.
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Só para situar, Yves Saint Laurent assumiu o cargo após a morte de Christian Dior, em 1957. Suas primeiras coleções foram recebidas com muito entusiasmo, algo que não durou muito tempo.
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Suas propostas ousadas e os fletes juvenis começaram a incomodar a clientela conservadora da alta-costura e a cansar a imprensa internacional. O fracasso de sua última coleção, a de inverno 1961, culminou em sua demissão.
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Como seu substituto, o estilista Marc Bohan, que já trabalhava nos ateliês da Dior, em Londres, assumiu o posto. Dez anos mais velho que Saint Laurent, ele já havia trabalhado para Patou, Molyneaux e Madeleine de Rauch.
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Sua estreia na Dior, em 26 de janeiro de 1961, foi um sucesso. Ao fim da apresentação, Marc Bohan se viu pressionado contra a parede, sendo beijado e parabenizado por uma horda de novas admiradoras.
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A nova linha foi chamada de Slim, em referência a silhueta fina e simples das peças inspiradas no guarda-roupa feminino dos anos 1920. As jaquetas e saias, elegantemente discretas e minimalistas, tiveram apelo imediato entre as mulheres na plateia.
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Suaves e femininos, os modelos fugiam da sofisticação extrema da mulher idealizada por Christian Dior anos antes. Os designs eram contemporâneos e traziam luz à inclinação de Bohan para a simplicidade.
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O sucesso do Slim Look definiu não apenas o novo ritmo jovial da marca na década de 1960 como também o legado do estilista na Dior. Marc Bohan se tornou o designer com maior tempo na maison, com quase três décadas na direção, até 1989.