Por: Eliana Sanches Foto: Stine Christiansen Styling: Kristina Dam
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Foto: Swallow's Tail
Japandi (ou Scanese) é uma tendência no design que mistura influências japonesas e nórdicas. O nome vem da mistura das sílabas das palavras japonês, dinamarquês e escandinavo.
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Foto: HK Living
Essa estética privilegia o design, o artesanal e as formas puras do minimalismo.
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Apesar de estarem em pontos tão distantes no globo, os japoneses e os escandinavos têm mais traços em comum no jeito de morar do que a gente imagina.
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Essa ligação tem raízes no final do século 19, quando artistas dinamarqueses se aproximaram da arte japonesa e a usar alguns de seus elementos em seus trabalhos.
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A evolução desse vínculo é contada por Mirjam Gelfer-Jørgensen no livro Influences from Japan in Danish Art and Design.
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Em 1919, foi a vez da Finlândia trocar figurinhas com o Japão. O centenário dessa relação foi comemorado em 2019, com uma exposição da empresa finlandesa de design Artek.
Foto: Artek
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Na Escandinávia, o clima dita a forma de viver, diz o arquiteto dinamarquês Adam Kurdahlhygge: “O desafio é sobreviver no inverno extremo. Por isso, focamos no essencial".
Foto: Kristina Dam Studio
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“O design é puro, sem supérfluos, usamos apenas o que precisamos”, completa Kurdahl. Ou seja: escandinavos querem peças de qualidade, duráveis e sustentáveis.
Foto: Antrei Hartikainen
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Foto: Rikumo
No Japão, a resiliência e o respeito ao tempo pregados pelo confucionismo e a busca pela iluminação no zen-budismo permeiam o interior das casas.
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Derivam do budismo o ikebana, com seus arranjos delicados, e o wabi sabi, que propõe a aceitação da imperfeição e a importância da impermanência.
Foto: Artek
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Foto: Jack Zhang
Outra característica do jeito de morar japonês é a indeterminação dos espaços: a sala pode virar um lugar para comer e também um quarto.
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“O que estamos fazendo na pandemia, ao atribuir funções diferentes aos mesmos cômodos, é um princípio do morar japonês”, diz a arquiteta e pesquisadora Marina Lacerda.
Foto: Nordic Design Trace
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As duas culturas carregam referências que conversam com os tempos atuais. Estamos em busca de espaços onde menos, de fato, significa mais. Mais tranquilidade, reflexão e respeito.
Foto: Artek
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