A história, a personalidade e os feitos da diretora criativa da Dior
O PODER DE
Por: Clara Novais Fotos: Getty Images
Filha de pai militar e mãe costureira, Maria Grazia Chiuri nasceu em 196, em Roma, onde cresceu ao lado de cinco irmãs e passou a maior parte da sua carreira.
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“Na minha família era normal trabalhar, pensar em si mesma e no futuro. Meus pais me forçaram a estudar muito, porque nunca tiveram essa oportunidade. Para eles, estudar era ser livre”, disse à ELLE estadunidense.
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Ela também conta que nunca sentiu que não poderia fazer algo por ser menina. Mas… Seu jeito de vestir e a escolha da profissão eram questões para os pais, que preferiam roupas mais femininas e uma carreira como a de medicina ou direito.
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"Todo mundo achava que moda era um trabalho doméstico; não reconheciam como algo cultural e artístico", disse Maria Grazia, que conseguiu realizar o seu sonho ao estudar no Instituto Europeu de Design e, depois, em uma pequena empresa de calçados.
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Maria Grazia conheceu Pierpaolo Piccioli nos anos 1980 e criou com ele uma parceria que ultrapassou duas décadas. Ao ser chamada para trabalhar no departamento de acessórios da Fendi, e levou o amigo. Juntos, participaram da criação da Baguette.
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Em 1999, Maria Grazia foi para a Valentino e, mais uma vez, levou o parceiro de trabalho. Deu tão certo que, em 2003, a dupla assumiu a linha Red Valentino e passou a supervisionar toda a linha de acessórios da empresa.
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Depois da aposentadoria de Valentino Garavani, e mais um ano sob a batuta da estilista Alessandra Facchinetti, os dois assumiram a direção criativa da maison em 2008. Rejuvenesceram a etiqueta, incluindo a linha masculina e a de acessórios.
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Um ano depois de levar o Prêmio Internacional do CFDA Awards, em 2015, Maria Grazia Chiuri foi nomeada diretora criativa da Dior, deixando Pierpaolo voar solo na Valentino. Tudo numa boa, “com o desejo recíproco de grandes realizações”.
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Brilha, Maria! Em sete décadas de história, a grife francesa só havia sido liderada por estilistas homens: Christian Dior, Yves Saint Laurent, Marc Bohan, Gianfranco Ferré, John Galliano, Bill Gaytten e Raf Simons.
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Pela primeira vez, ela deixou Roma. Ao se mudar para Paris, assumiu um dos cargos mais poderosos da moda global. Sob seu comando, a Dior tomou direção mais jovem, porém sempre respeitando a sua luxuosa herança.
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Em entrevistas, a estilista conta que seu papel é semelhante ao de uma curadora. Ela vasculha tesouros no rico legado da casa francesa e se esforça para levá-la adiante, em direção ao futuro, com seu tempero.
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E ela não cansa de salpicar feminismo nas coleções, como na camiseta estampada com a frase “We should all be feminists” ("todos devemos ser feministas", em Português), da escritora nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie.
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Outro movimento foi contratar fotógrafas. Segundo ela, as campanhas de moda são feitas principalmente por fotógrafos homens e a forma como as mulheres olham para outras mulheres é completamente diferente.
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A estilista avalia que a nova geração levantou grandes questões sobre gênero, raça, meio ambiente e cultura, e que isso precisa ser refletido na moda. Maria Grazia vem fazendo a sua parte. Grazie!