Cinco fatos para entender esses rótulos diferentões que conquistam enófilos.
Por: Sergio Crusco Fotos: Divulgação, Getty Images e Unsplash
Você já ouviu falar de vinho laranja? Antes restrito a um círculo de enófilos vanguardistas, o vinho laranja tem se tornado presença cada vez mais frequente nas cartas de restaurantes e nos bate-papos de assuntos etílicos.
ELLE.COM.BR
Contrariando quem achava que ele seria só uma modinha passageira, o vinho laranja despertou o interesse de consumidores e produtores, especialmente os adeptos dos rótulos naturais, orgânicos, biodinâmicos e de baixa intervenção.
ELLE.COM.BR
Mas do que se trata, afinal, essa bebida? Confira a seguir cinco fatos que vão ajudar você a entender de vez o que é o vinho laranja.
ELLE.COM.BR
Primeira informação: o vinho laranja não tem nenhuma relação com a fruta cítrica. Ficou conhecido por esse nome devido à sua cor, que puxa para uma tonalidade âmbar. Aliás, há quem prefira chamá-lo de vinho âmbar ou de vinho branco de maceração.
ELLE.COM.BR
1
ELLE.COM.BR
Essa coloração é resultado do seu método de produção. O vinho laranja é feito de uvas brancas maceradas com a casca. Vinhos brancos tradicionais são feitos com uvas (brancas ou tintas) maceradas sem as cascas.
2
ELLE.COM.BR
Apesar do ar de novidade, vinhos brancos macerados com as cascas são feitos há pelo menos 8 mil anos, de acordo com achados arqueológicos na Geórgia. Até a primeira metade do século 20, ainda eram produzidos vinhos assim na Europa, antes do estilo “branco total” se impor como padrão.
3
ELLE.COM.BR
Além da cor diferentona, esses vinhos têm outras particularidades. “As películas das uvas têm taninos, que fazem com que o vinho laranja tenha mais corpo, mais adstringência, maior estrutura e, em certos casos, mais longevidade”, explica a sommelière Irma Ferreira.
4
ELLE.COM.BR
E vinho laranja harmoniza com que pratos? Aí está uma vantagem da categoria. Eles são mais elásticos no quesito harmonização. Dependendo da variedade da uva e do tempo de contato com as cascas, um laranja pode vir encorpadão, mas mantendo o frescor e a acidez naturais da fruta.
5
“Um branco de maceração com mais taninos e complexidade pode fazer par com um prato mais pesado ou gorduroso, até com carnes vermelhas. Mas não derruba um crustáceo”, diz Ricardo Santinho, sommelier do Grupo Vila Anália.