Por: Mabi Barros Fotos: Acervo Nacional / Divulgação e Bob Wolfenson
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Fernanda Montenegro foi eleita para ocupar a cadeira 17 da Academia Brasileira de Letras. A atriz recebeu 32 dos 34 votos dos acadêmicos – uma das poucas mulheres a ocupar um posto na instituição.
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Uma semana depois da eleição de Fernanda, outra boa novidade na ABL: Gilberto Gil conquistou a cadeira número 20, que tem como patrono o médico e jornalista Joaquim Manuel de Macedo.
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A Academia Brasileira de Letras, ou ABL, foi fundada em 1897. Seu primeiro presidente foi Machado de Assis (foto), e nomes como Graça Aranha, Joaquim Nabuco, Ruy Barbosa e Olavo Bilac, entre outros, fizeram parte da primeira formação da instituição.
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Outros nomes ilustres passaram pela ABL ao longo dos anos, como Castro Alves, Jorge Amado, Euclides Cunha e Manuel Bandeira. Rachel de Queiroz (foto), autora de O Quinze, foi a primeira mulher a ocupar uma cadeira na Academia, em 1977.
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A ABL tem 40 membros, com cargos vitalícios. Os “imortais”, como são conhecidos os integrantes da Academia, são escolhidos entre os brasileiros que tenham ao menos um livro publicado. A instituição é sediada no Rio de Janeiro.
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Mas o que fazem os imortais? Se encontram para tomar chá? Também, mas não só. A ABL tem como objetivo "o cultivo da língua e da literatura nacional". Além de manter um dos maiores acervos literários do país, é responsável por editar e atualizar o "Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa".
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Apesar de se enquadrarem em todos os critérios, diversos autores aclamados ficaram de fora do seleto grupo. Destaque para Clarice Lispector, Lima Barreto, Oswald de Andrade e a escritora e ganhadora do prêmio Jabuti Conceição Evaristo (foto).
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A falta de diversidade na ABL é alvo de constantes críticas. Hoje, ela é composta por 30 homens e cinco mulheres. Com Fernanda Montenegro, serão seis mulheres. Gilberto Gil será o segundo negro na atual formação.
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Entre os integrantes da ABL hoje, há nomes como Lygia Fagundes Telles (foto), Sérgio Paulo Rouanet, Paulo Coelho, Cacá Diegues, Nélida Piñon e Marco Lucchesi, presidente da instituição. Três vagas estão em aberto.