Recém-anunciada vencedora do Nobel, a escritora francesa Annie Ernaux, 82, é uma das principais atrações da 20ª edição da Flip (Festa Literária Internacional de Paraty), no fim de novembro. Descubra mais sobre sua vida e seus livros:
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Nascida em Lillebonne, na Normandia (norte da França), em uma família de classe média baixa (os pais eram operários), Annie estudou letras na Universidade de Rouen, antes de se tornar professora dos ensinos fundamental e médio.
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Seu primeiro livro, Les Armoires vides (os armários vazios), sai em 1974. Trata do aborto a que Annie se submeteu quando estava na faculdade, tema que ela retomaria em OAcontecimento (2000). A diferença é o verniz de ficção, que some no livro de 2000.
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UM LUGAR AO SOL
A escritora muda de registro (e cai nas graças de público e crítica) com O Lugar, de 1983, em que abandona de vez a ficção para criar uma combinação de autobiografia com ensaio sociológico. O ponto de partida é a relação fraturada com o pai.
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A DONA DA HISTÓRIA
A consagração vem com Os Anos (2008), que aprofunda a costura da história íntima com a coletiva. Ali, o pós-2ª Guerra, a revolução sociocultural dos anos 1960 e o advento do consumismo ecoam os anos de formação da autora, sua carreira, casamento e filhos – e vice-versa.
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NO BRASIL
A novata Fósforo vem editando Annie no Brasil. Além de O Lugar e OsAnos, já saíram AVergonha, OAcontecimento e, agora, OJovem. Uma adaptação de O Acontecimento (foto) ganhou em 2021 o Leão de Ouro, prêmio máximo do Festival de Veneza.
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DIRETORA
A escritora estreou neste ano como cineasta. Em cartaz na Mostra de SP e codirigido por seu filho David Ernaux-Briot, Os Anos do Super-8 reprisa o procedimento literário da francesa: o dentro (cenas de família) e o fora (a França dos anos 1970) em um só corpo.
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NOBEL
Mas “o” acontecimento de 2022 na carreira de Annie foi o reconhecimento de sua obra com o Nobel. O júri saudou “a coragem e a acuidade clínica com que desvenda as raízes, os estranhamentos e os constrangimentos coletivos da memória pessoal”.
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