Top 10 da quarentena

É um momento no mínimo delicado para falar sobre tendências. No Brasil, mais ainda. No dia em que esta matéria foi escrita, o país registrou 1.275 mortes por Covid-19 em 24 horas, segundo dados do consórcio de imprensa. Em São Paulo, especificamente, era o primeiro dia da dita fase emergencial, a mais restritiva durante a pandemia. Enquanto isso, em outras partes do mundo o mercado começa a dar sinais de retomada com o avanço das campanhas de vacinação, o devido uso de máscara e o respeito às medidas sanitárias para a redução de contágios. É difícil achar um denominador comum nisso tudo. O tal zeitgeist, ou inconsciente coletivo, nunca pareceu tão desconectado.

Por aqui, estamos bem longe de qualquer proximidade com o que um dia chamamos de vida normal. O consumo de roupas está no fim da lista de prioridades de muita gente. Acontece que moda não é apenas sobre isso. Claro, se der para ajudar a marca querida, o criador ou o produtor local, melhor. Mas não se trata só de compras, de mais uma "brusinha". Entrar na onda do momento, renovar o visual ou simplesmente nos permitir a algum divertimento ou autoindulgência com o que colocamos no corpo pode ter efeitos transformadores.

É com esse pensamento que olhamos para as coleções de verão 2021 – em condições normais de temperatura e pressão, elas chegariam este mês às lojas. Buscamos peças, silhuetas e temas que façam sentido para o aqui e agora, da cromoterapia à combinação de saia godê com moletom oversized e looks de festa adaptados para vida entre quatro paredes. E em meio a todo caos, roupas com aspecto familiar estão com tudo. Há grandes chances de você já ter boa parte delas no guarda-roupa.