A tal da mansão, um pedido de A’Lelia Walker, sua filha, foi projetada por um nome igualmente importante para a história afro-americana: Vertner Tandy, o primeiro arquiteto negro registrado em Nova York. Além de lar para a família Walker, o espaço serviu como ponto de encontro para intelectuais negros.
Frequentou a Villa Lewaro, por exemplo, o sociólogo e ativista por direitos civis W. E. B. Du Bois. Primeiro homem negro Ph.D de Harvard, ele fundou a NAACP (Associação Nacional para o Progresso de Pessoas de Cor), em 1909. Além de Du Bois, juntavam-se na residência para conversas e trocas nomes como os dos escritores e ativistas por igualdade racial Zora Neale Hurston, James Weldon Johnson e Langston Hughes.
Antes de o desfile começar, era possível ver – e ouvir – os convidados tomando seus lugares, cumprimentando os coleguinhas e fazendo conversinhas mil. Havia uma trilha sonora discreta, meio jazz, meio lounge music, que, de repente, é interrompida. Fica só o som do pipipi-popopó até que a artista, modelo e musa de Demna, Eliza Douglas, invade uma das salas, de terno preto levemente oversized, silhueta meio lânguida, meio estruturada, uma pequena faixa branca nos punhos e uma rosa vermelha em mãos.