Um dos tecidos mais antigos do mundo, o jeans, seja nas ruas, seja na capa da ELLE View, se mantém para sempre à frente da curva.
POR LELÊ SANTHANAAcessível em sua essência, o denim costumava ser a antítese do luxo. Se você o tivesse sugerido a uma senhora europeia do século 19, ela teria recusado. Em uma longa história, porém, o tecido se tornou amado por todas as idades, nacionalidades e classes sociais. O entendimento do luxo não se alterou por inteiro. Hoje, ele ainda é sobre exclusividade e escassez (ainda que menor), mas é também sobre movimento. O luxo deixou de ser somente um substantivo para ser também um verbo de ação. E o jeans foi o prenúncio dessa mudança.
A calça jeans é a peça mais democrática do guarda-roupa para 87% dos brasileiros, segundo pesquisa realizada pela Vicunha Têxtil, em parceria com a Iemi, em 2021.
A indústria global de jeans foi avaliada em 70,71 bilhões de dólares, segundo o Grand View Research. O número é superior ao das indústrias de outras paixões mundiais, como bolsas, perfumes e chocolates.
Em 2020, a Levi’s foi considerada a marca de denim mais valiosa do mundo, valendo aproximadamente 5,6 bilhões de dólares. Em seguida, estavam a Diesel (1,6 bilhão) e a Calvin Klein (1,5 bilhão).
Mais de 6 bilhões de peças de brim são produzidas no mundo todos os anos, de acordo com um relatório divulgado pela Denim Dudes, em 2020. A produção é maior que a de seda e lã.
A América do Norte é o maior comprador global de jeans, seguida pela Europa Ocidental, de acordo com dados divulgados em conferência da Fibre2Fashion.
O melhor jeans do mundo é o japonês, conforme o New York Times. O título é creditado à fabricação artesanal desenvolvida pelo país.
Os modelos de calças jeans mais populares em 2022 foram o cargo, o wide-leg e o de cintura baixa, conforme a plataforma Lyst